Arame, fio de algodão, reproduções fotográficas, grafite, esferográfica e aguadas sobre contraplacado (191 x 191 cm)
c. 1950
Colecção particular | Fotografia ©DGPC/LJF, Luís Piorro
Este estudo de grandes dimensões e complexa produção não tinha antes sido mostrado por ser uma obra muito frágil, exigindo reservas no manuseamento para que não se deteriorassem os finos fios de algodão esticados há décadas. Sendo que alguns fios tinham já cedido à passagem do tempo (por estarem presos com arames de metal que oxidaram, quebrando), só faria sentido movimentar a obra se pudesse ser alvo de restauro. Para isso, seria necessário compreender o sentido das linhas geométricas que esses fios materializam, de modo a poder repor a sua disposição original.
Só recentemente foram identificados os desenhos preparatórios para esta obra, permitindo reproduzir em formato digital cada uma das formas geométricas representadas. Este trabalho, realizado por Simão Palmeirim e Pedro J. Freitas, serviu de base para o restauro integral da obra, levado a cabo pelo Laboratório José de Figueiredo, em 2020, para esta exposição.