Arquivo virtual da Geração de Orpheu

Mário de Sá-Carneiro

O Arquivo Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), poeta modernista, inclui correspondência, cadernos e manuscritos, bem como a obra publicada no seu tempo de vida. Muitos destes documentos foram reunidos por François Castex, professor e escritor francês, e encontram-se conservados na Biblioteca Nacional de Portugal. Reúne-se aqui também o conjunto das cartas enviadas pelo autor ao seu amigo Fernando Pessoa, guardadas no espólio E3 da Biblioteca Nacional.

Os documentos completos encontram-se no campo “PDF” e os manuscritos foram transcritos no campo “Edição”. 

 

Medium
Mário de Sá-Carneiro
Esp.115/7_32
Esp.115/7_32
Sá-Carneiro, Mário de
Identificação
Bilhete-postal a Fernando Pessoa
Bilhete-postal a Fernando Pessoa

Bilhete-postal enviado de Paris no dia 26 de Janeiro de 1916. 

 

**

26 janeiro 1916 = Paris

 

Francamente é inadmissível, meu querido Amigo o seu procedimento. Não há razão nenhuma que o explique: física ou química, moral, social ou febril ou fabril. Não, mil vezes não! Tem lá umas poucas de cartas a que não me responde! Há 15 dias feitos que não recebo uma linha sua. Quem sabe até quando isto se prolongará!

Coisa importante: Diga ao Pintor que lhe escrevi uma carta para o antigo endereço 11 Tr. do Rosário. Só depois me lembrei que a família mudou-se o ano passado. Mas ignoro o novo endereço. Decerto que ele não recebeu a minha carta – mas ignoro para onde lhe devo escrever. Não se esqueça de o avisar e de ESCREVER.

o seu
Sá-Carneiro

 
https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/5858
Classificação
Espólio Documental
Correspondência
Dados Físicos
Tinta preta sobre bilhete-postal.
Dados de produção
1916 Jan 26
Inscrita.
Fernando Pessoa
Português
Dados de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Bom
Biblioteca Nacional de Portugal
Palavras chave
Paris
Documentação Associada
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Esp.115
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.