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Medium
Fernando Pessoa
BNP/E3, 14-3 – 51
BNP/E3, 14-3 – 51
Fernando Pessoa
Identificação
[Sobre António Nobre]

[BNP/E3, 143 – 51]

 

Quanto mais lento e espaçado, dolente a melodia, mais lírico é o ritmo.

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O ritmo depende das pausas também. A dolência não é senão o espaçar das pausas. Daqui bem se vê o valor do elemento, aparentemente negativo, pausa no ritmo.

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Vejamos o célebre soneto de António Nobre:

 

Ó virgens ||que passais|| ao sol poente

 

Logo este 1º verso nos impõe uma revibração cantante; não são só as grandes pausas naturais, mas também as pausas da ausência da |elisão| em “que andais” e a natural falta dela a palavra “poente”.

x../.|/.|..| os versos líricos tem 3 divisões reais e 2 aparentes. Os que têm 3 aparentes obtêm o ritmo por outros métodos como o supra.

e as pausas o contrário?

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Notar as grandes pausas em

 

Não sei ||porquê,|| estou triste

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Pausa ondulativa

Pausa rítmica.

 

https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/4447
Classificação
Literatura
Dados Físicos
Dados de produção
Português
Dados de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Palavras chave
Documentação Associada