O grande interesse que F. Pessoa, durante toda a sua vida, cultivou pelo charadismo (v. Crosse, A.A.), está patente na criação deste pseudónimo, com o qual colaborava regularmente no jornal de Durban, Natal Mercury. Segundo, H. D. Jennings (Os Dois Exílios, Porto, Centro de Estudos Pessoanos, 1984, p.180), teria mesmo recebido como prémio «pelo seu engenho em resolver e propor charadas e quebra-cabeças», um volume de obras de Molière, talvez a edição inglesa de George Routledge and Sons, 1894, existente na sua biblioteca.

 

Manuela Parreira da Silva