(1897-1969)

Oficial da Administração Militar, cunhado de Pessoa, marido da irmã Henriqueta Madalena, tratada familiarmente por Teca (v.), com quem casa em 1923, mantém com ele um relacionamento muito próximo. Luís Pedro Moitinho de Almeida (v.) lembra, numa sua evocação do poeta, que o capitão Caetano Dias o visitava muitas vezes, precisamente em 1923, no escritório do seu pai, Carlos Moitinho de Almeida. Em 1926, Francisco Caetano Dias lança e dirige a Revista de Comércio e Contabilidade, sobre temas de carácter comercial, industrial e administrativo-organizativo, de teor teórico e prático, e defendendo uma linha de liberalismo económico. A revista mantém-se de Janeiro a Junho, tendo saído 6 números, todos eles com a colaboração de Fernando Pessoa, que é, de resto, o principal, senão mesmo o único, colaborador. No ano seguinte, por motivos da sua vida profissional, instala-se com a mulher e a filha Mimi (Manuela Nogueira) em Évora, onde ficam cerca de três anos e onde o poeta os vai visitar periodicamente. Em 1931, estão de regresso a Lisboa, voltando a residir, com Pessoa, na Rua Coelho da Rocha, onde nasce o segundo filho, Luís Miguel Rosa Dias. No entanto, a partir de 1932, o casal e os filhos passam  longas temporadas na sua vivenda em S. João do Estoril, aonde Pessoa muitas vezes se desloca, conforme o próprio dá conta em cartas aos amigos.

 

 

Manuela Parreira da Silva