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ALMADA NEGREIROS 1893-1970 |
Auto-retrato, grafite sobre papel, 1926 (pormenor) |
| 1893 | José Sobral de Almada Negreiros nasce a 7 de Abril em S. Tomé. |
| 1896 | A mãe morre. |
| 1900 | É internado num colégio de jesuítas em Lisboa. |
| 1912 | Participa no I Salão dos Humoristas Portugueses. |
| 1913 | Participa no II Salão dos Humoristas Portugueses e realiza a primeira exposição individual, de desenhos, na Escola Internacional de Lisboa. |
| 1914 | Publica o primeiro poema, Silêncios, no Portugal Artístico 2. |
| 1915 | Publica o poema Frisos em Orpheu 1. Escreve A Cena do Ódio para o Orpheu 3, número que não chega a sair. |
| 1916 | Publica em folhetos o Manifesto Anti-Dantas, o manifesto Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso e o poema Litoral. |
| 1917 |
Publica em folhetos K4 O Quadrado Azul, em que colabora plasticamente Amadeo de Souza-Cardoso, e a novela A Engomadeira. Organiza, com Santa Rita Pintor, uma Conferência Futurista no Teatro República em Lisboa, onde declama o Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX. |
| 1918 | Contagiado pela passagem dos Ballets Russes em Lisboa (1917 e 1918), participa na criação de bailados representados por amadores e por crianças: a Lalá, a Tareca, a Zeca e a Tatão, com quem funda o "Club das Cinco Cores". Faz a coreografia dos bailados A Princesa dos Sapatos de Ferro (em que também dança) e O Jardim de Pierrette. |
| 1919 | Vive em Paris. Mantém um estreito contacto epistolar com o "Club das Cinco Cores". |
| 1920 | De regresso a Lisboa, realiza a sua terceira exposição individual, no salão nobre do Teatro S. Carlos. Durante os anos 20, colabora com artigos, contos e desenhos nas revistas Contemporânea, Athena e Presença, e em jornais como o Diário de Lisboa e o Sempre Fixe. |
| 1921 | Entra como actor no filme O Condenado. Realiza e publica a conferência A Invenção do Dia Claro. |
| 1922 | Inicia a colaboração na revista Contemporânea com Histoire du Portugal par Coeur, datado de Paris, 1919. |
| 1924 | Publica Pierrot e Arlequim. |
| 1925 | Começa a escrever Nome de Guerra (publicado em 1938). Pinta Autorretrato num Grupo (exposto no I Salão de Outono) e Banhistas, para a Brasileira do Chiado. |
| 1926 |
Pinta um Nu Feminino (exposto no II Salão de Outono) para o Bristol Club. Realiza e publica a conferência Modernismo. |
| 1927 | Inicia uma estadia de cinco anos em Madrid, em cuja cena artística e literária participa activamente. Expõe individualmente na Unión Ibero-Americana onde profere a conferência El Dibujo. Colabora assiduamente com Ramón Gómez de la Serna, ilustrando livros seus. |
| 1931 | Escreve Luís o Poeta Salva a Nado o Poema, que se publica no Diário de Lisboa a 28 de Dezembro. |
| 1932 | Regressa a Lisboa, onde realiza e publica a conferência Direcção Única. |
| 1933 | Profere as conferências Arte e Artistas e Embaixadores Desconhecidos e faz a sua quinta exposição individual, na Galeria UP. |
| 1934 | Casa com a pintora Sarah Afonso, com quem terá dois filhos. |
| 1935 | Lança uma revista, Sudoeste, de que escreve integralmente os artigos que integram os dois primeiros números, incluindo no terceiro deles o poema As Quatro Manhãs. Publica um artigo à memória de Fernando Pessoa acompanhado de um desenho, no Diário de Lisboa. |
| 1936 | Realiza a conferência Elogio da Ingenuidade ou as Desventuras da Esperteza Saloia. |
| 1937 | Publica no Diário de Lisboa dois poemas: Encontro e A Torre de Marfim não é de Cristal. |
| 1938 |
Publica Nome de Guerra, romance escrito em 1925. Realiza e publica a conferência sobre Walt Disney Desenhos Animados, Realidade Imaginada. |
| 1940 | Realiza cenários para a grande Exposição do Mundo Português. Termina os frescos do edifício do Diário de Notícias, em Lisboa, e dos Correios de Aveiro. |
| 1941 | Faz uma exposição individual, com o patrocínio do Secretariado de Propaganda Nacional, Trinta Anos de Desenho (1911-1941). |
| 1944 | Realiza a conferência Descobri a Personalidade de Homero. |
| 1945 | Termina os frescos da Gare Marítima de Alcântara. |
| 1948 | Publica Mito-Alegoria-Símbolo. |
| 1949 | Termina os frescos da Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos. É representada pela primeira vez a sua peça Antes de Começar, no Teatro-Estúdio do Salitre (Lisboa), encenada por Fernando Amado. |
| 1950 | Dá uma entrevista e profere duas palestras sobre o Théleon e a Arte Abstracta, aos microfones da BBC, em Londres. Publica A Chave Diz: Faltam Duas Tábuas e Meia de Pintura no Todo da Obra de Nuno Gonçalves. |
| 1952 | Publica o poema Presença na revista Bicórnio. Faz uma exposição individual na Galeria Março em Lisboa. |
| 1954 | Termina painéis de azulejos e um vitral para a moradia, projectada pelo arquitecto António Varela, situada na Rua de Alcolena, 28, em Lisboa. Pinta o Retrato de Fernando Pessoa à mesa do café com o Orpheu, para o Restaurante Irmãos Unidos, em Lisboa, do qual há-de pintar uma réplica, em 1964, por encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian. |
| 1957 | Apresenta quatro óleos abstracto-geométricos no I Salão da Fundação Calouste Gulbenkian. |
| 1959 | Publica a peça Deseja-se Mulher, escrita em 1928. Concebe cartões de tapeçarias para o Hotel Ritz. |
| 1961 | Conclui a decoração das fachadas da Faculdade de Direito, Faculdade de Letras, Reitoria e Secretaria Geral da Universidade de Lisboa. |
| 1962 | Realiza e publica a conferência Poesia é Criação. |
| 1963 | Com encenação de Fernando Amado, representa-se Deseja-se Mulher em 1963, na Casa da Comédia. |
| 1965 | Publica Orpheu 1915-1965, livro-objecto com memórias do grupo modernista. Faz os cenários e figurinos para o Auto da Alma, de Gil Vicente, no Teatro de S. Carlos. |
| 1969 | Conclui os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Conclui o painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian. |
| 1970 | Morre a 15 de Junho em Lisboa. |

