Mário de Sá-Carneiro
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Fundo
Mário de Sá-Carneiro
Cota
Esp.115/7_14
Imagem
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Autor
Sá-Carneiro, Mário de

Identificação

Titulo
Carta a Fernando Pessoa
Titulos atríbuidos
Carta a Fernando Pessoa
Edição / Descrição geral

Carta enviada de Paris, no dia 15 de Março de 1916. 

 

 **

Paris – Março 1916

Dia 15

 

Meu Querido Amigo,

 

Recebi hoje os 160 francos e antes de ontem o seu telegrama. Muito obrigado, de joelhos, por tudo. Já escrevi à minha Ama. Também recebi dinheiro do meu Pai. Não tenho cabeça para lhe escrever. Não sei nada. Não se assuste em todo o caso nem deixe de se assustar. Cá irei. Não tenha medo, juro-lhe. Mas não sei coisa nenhuma. Devia partir e não parto. Darei sinais de vida por postais – é tudo: não lhe posso escrever. Mas você vá-me escrevendo sempre como se não fosse nada consigo. Dê-me notícias, potins etc. Eu é que lhe não posso res- ponder, meu querido Amigo. Breve de resto estarei com certeza aí em Lisboa – ou no raio que me parta – mas em Lisboa com certeza, não há dúvida. Escreva, escreva – e não se assuste, repito. Por mim já sabe: postais.

E repito-lhe do fundo de alma todos os meus perdões, toda a minha infinita gratidão.

Mil saudades e mil abraços do seu, seu

Mário de Sá-Carneiro

Notas de edição

Classificação

Categoria
Espólio Documental
Subcategoria
Correspondência

Dados Físicos

Descrição Material
Tinta preta sobre folhas quadriculadas e sobrescrito.
Dimensões
Legendas

Dados de produção

Data
1916 Mar 15
Notas à data
Inscrita.
Datas relacionadas
Dedicatário
Destinatário
Fernando Pessoa
Idioma
Português

Dados de conservação

Local de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Estado de conservação
Bom
Entidade detentora
Biblioteca Nacional de Portugal
Historial

Palavras chave

Locais
Paris
Palavras chave
Nomes relacionados

Documentação Associada

Bibliografia
Publicações
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Exposições
Itens relacionados
Esp.115
Bloco de notas
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.