Arquivo virtual da Geração de Orpheu

Mário de Sá-Carneiro

O Arquivo Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), poeta modernista, inclui correspondência, cadernos e manuscritos, bem como a obra publicada no seu tempo de vida. Muitos destes documentos foram reunidos por François Castex, professor e escritor francês, e encontram-se conservados na Biblioteca Nacional de Portugal. Reúne-se aqui também o conjunto das cartas enviadas pelo autor ao seu amigo Fernando Pessoa.

Os documentos completos encontram-se no campo “PDF” e os manuscritos foram transcritos no campo “Edição”. 

 

Medium
Mário de Sá-Carneiro
Esp.115/6_67
Esp.115/6_67
Sá-Carneiro, Mário de
Identificação
Bilhete-postal a Fernando Pessoa
Bilhete-postal a Fernando Pessoa

Bilhete-postal enviado de Paris, no dia 10 de dezembro de 1915. 

 

**

Paris 10 Dezembro 1915

Muito aborrecido, meu querido Amigo. Recebi hoje o seu postal de 5 em que me diz estar ainda à espera do meu poema. Ora no dia 27 escrevi-lhe uma longa carta onde lhe mandava não 1 mas 3 poemas. Ter-se-ia ela extraviado? Que arrelia! Diga-mo na volta do correio. Também recebi há dias um outro postal e uma carta. Muito obrigado por tudo. Não tenho escrito por nada ter a dizer. Breve o farei entretanto – dissertando sobre vários assuntos entre eles Guisado.
O Franco escreveu-me: que virá talvez para o Natal em licença.
Avise Pacheco, rogo muito.
Mil abraços.
E embora tradução escreva, escreva.

M. de Sá-Carneiro

https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/5694
Classificação
Espólio Documental
Correspondência
Dados Físicos
Tinta preta sobre bilhete-postal.
Dados de produção
1915 Dezembro 10
Inscrita.
Fernando Pessoa
Português
Dados de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Bom
Biblioteca Nacional de Portugal
Palavras chave
Paris
Documentação Associada
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Esp.115
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.