Arquivo virtual da Geração de Orpheu

Mário de Sá-Carneiro

O Arquivo Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), poeta modernista, inclui correspondência, cadernos e manuscritos, bem como a obra publicada no seu tempo de vida. Muitos destes documentos foram reunidos por François Castex, professor e escritor francês, e encontram-se conservados na Biblioteca Nacional de Portugal. Reúne-se aqui também o conjunto das cartas enviadas pelo autor ao seu amigo Fernando Pessoa.

Os documentos completos encontram-se no campo “PDF” e os manuscritos foram transcritos no campo “Edição”. 

 

Medium
Mário de Sá-Carneiro
Esp.115/4_39
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Sá-Carneiro, Mário de
Identificação
Carta a Fernando Pessoa
Carta a Fernando Pessoa

Carta a Fernando Pessoa, enviada de Paris, a 14 de Maio de 1913.

 

**

Paris – Maio de 1913

Dia 14

 

Meu querido Fernando Pessoa,

Foi uma bela surpresa a sua carta recebida ontem porquanto não a esperava tão breve por não ser esse o costume. E pelo o que ela contém e pela sua extensão os meus mais sinceros e fundos agradecimentos. Você tem que me desculpar estas minhas horripilantes cartas sem gramática, nem lógica, nem caligrafia em resposta às suas belas páginas. Perdoe-me.

E posto isto, percorrendo a sua carta lhe vou responder.

Das três poesias que me envia, destaco como soberba o «Cortejo Fúnebre». É cheia de maravilhas e sem uma única quebra. São verdadei- ras garras de génio faíscas como estas:

Tenho uma auréola de névoa em meu olhar

(Dobra a finados sem sinos
Nos meus ócios peregrinos)
Passam asas de soslaio na minha atenção

Um invisível bafo falha um beijo

(Lá vai lento e lento o enterro

Do que eu tinha áureo no erro)

e toda a última estrofe. Digo-lhe mesmo que dos seus versos, este «Cortejo Fúnebre» é uma das composições que mais estimo, que mais sinto. Os fins das estrofes são admiráveis e maravilhosa a expressão da ideia relativamente banal, pelo menos pouco subtil em relação às expressas nos outros versos, contida no 1.º verso da última estrofe. Aí (como aliás em mil outros pontos dos seus versos) se evidencia exuberantemente que você é não só o grande, o admirável, o estranho pensador mas com ele, e – acima dele – o maravilhoso artista. Isto endereçado àqueles (àqueles = Mário Beirão) que admirando-o (pelo menos dizendo que o admiram) como poeta ajuntam entanto que você intelectualiza tudo – é todo «intelectual». Como se a intelectualidade se não pudesse conter na arte! Meios-artistas aqueles que manufacturam, é certo, beleza mas são incapazes de a pensar – de a descer. Não é o pensamento que deve servir a arte – a arte é que deve servir o pensamento, fazendo-o vibrar, resplandecer – ser luz, além de espírito. Mesmo, na sua expressão máxima, a Arte é Pensamento. E quando por vezes é grande arte e não é pensamento; é-o no entanto porque suscita o pensamento – o arrepio que uma obra plástica de maravilha pode provocar naquele que a contempla. Ah! como eu amo a Ideia! E como você, o admirável ideólogo, é o magnífico estatuário! Como me enraiveço que tantos não estremeçam os seus versos e encolham até os ombros desdenhosamente. Há que lamentá-los, só. São os anquilosados da chama, incapazes de fremirem em frente do que não está catalogado dentro deles – que não compreendem uma língua, só porque ignoram que ela existe quando, se reparassem um pouco mais, breve veriam que essa língua era bem sua conhecida; apenas ampliada e mais brônzea, mais sonora e mais de fogo...

Mas não há senão que ter paciência...

Das suas duas outras poesias acho ainda mais admirável a «Hora Morta» (onde você dá excelentemente a hora que nos morre de tédio) estimando menos a «Espuma» onde entretanto há isto muito belo:

e ainda a expressão

«Que alma minha chora Tão perdida e alheia?»

«Espuma de morrer».

Você vê que em face das suas poesias eu me limito a distinguir o que acho mais belo – a dar simples impressão de leitura. É que o meu espírito não é como o de você um espírito crítico; não podendo assim analisá-las mais profundamente, desmembrá-las como desejaria (o que num esforço – nestas nossas cartas desnecessário – eu conseguiria entanto pelo menos incompletamente).

A 1.ª poesia da tal carta a que você se refere era a que começa «Braço sem corpo...»

Mesmo a carta em questão só continha, além dessa, a «Primavera». Muito interessante e significativo o que me narra do Jaime Cortesão. O caso contado por ele acerca do Dr. Fernando Lopes é simplesmente lamentável.
Não sei como um poeta, em todo o caso um poeta, pode achar estranho que se goste do Camilo Pessanha!... Se não conhecesse versos do Cortesão, e me viessem contar isso eu ficaria fazendo a pior das ideias de semelhante poeta.

É claro que nas nossas cartas falamos «como a um irmão». Escusado portanto abrirmos parêntesis para evocarmos a modéstia. É tão difícil e tão belo, tão belo, encontrar quem nos entenda que não devemos em tais casos embaraçarmo-nos com falsos pejos. Duma vez para sempre, meu querido amigo, acabemos os dois com os «permita-me que...» «você bem sabe que...» e outros parêntesis!...

Concordo absolutamente (e muito vez o tenho pensado) com o que você diz sobre a Renascença e que belamente está resumido na frase: que ela é «uma corrente funda, rápida, mas estreita».

Agradeço-lhe entranhadamente (mas não num agradecimento de coração) num agradecimento comovido e orgulhoso aonde vai toda a minha alma o que você diz na parte da sua carta:

«Afinal estou em crer que em plena altura, pelo menos quanto a sentimento artístico, há em Portugal só nós dois.» E, muito especialmente, nas linhas em que fala da minha compreensão em face dos seus versos. É esse um dos cumprimentos que mais me lisonjeiam – porque é, para mim, a melhor das «garantias» de mim-próprio.

Segue-se uma outra «desculpa»: «Você acha que tudo isto é de um orgulho indecente.» Só renovo aqui com maior energia o que atrás deixo escrito. Falemos!...

Aqui encerra-se um estudo mais detalhado da Renascença com o qual estou inteiramente de acordo e em que destaco esta frase que é uma monumental verdade: «O que é preciso é ter um pouco de Europa na alma.» Muito gostava de desenvolver aqui ideias sobre o que você escreve, mas por escrito não tenho coragem... e como estamos a mês e meio de vista...

Sim, tenho toda a razão no que desde que o conheço lhe digo: é preciso surgir como poeta!... e sobretudo, deixar de ser «O Crítico» (o que de forma alguma significa que deixe de publicar artigos de crítica).

Agradeço-lhe muito o que me diz sobre os versos. E depois de pensar, concordo que a «Dispersão» é a melhor das composições que lhe enviei. Quanto aos seus reparos: tem razão sobre o Passeio, mudá-lo-ei para «Procuro» ou para o «Vagueio» que você sugere. Diga o que ache melhor levando em conta que nuns versos que vão junto há a expressão «vagueio-me».

Quanto aos «hiatos de minha alma», eu simpatizo até com eles, pois me dão a impressão de sono, e são de resto hiatos naturais, que se fazem na conversa corrente. Não me preocuparei por consequência em emendá-los. Se me surgir por acaso qualquer coisa melhor que os evite, empregá-la-ei. O verso «Serei mas já me não sou» (que no fim da carta você aceita melhor) não o emendarei, e a significação que lhe deu é até bem simples: Serei, continuarei vivendo; mas o certo é que já me não sou, já não me vivo – vivo apenas.

O verso final do soneto, embora concorde com o que você diz sobre ele, conservá-lo-ei porque o sinto muito e porque quis dar precisa-mente com ele a sensação de qualquer coisa que longinquamente se cinge, mas no entanto escapa confusa. Foi depois um verso que me apareceu dentro de mim, subitamente – sem o pensar. Aliás de todas as minhas últimas composições é este soneto a que estimo menos e estou mesmo hesitante em se o arrancarei da série Dispersão, por isto: há talvez uma incoerência material (não uma incoerência espiritual, mas uma incoerência material) entre ele e o «Rodopio» e todo o sentido da «Dispersão». Nessa série de poesias há muito ouro que se perde. E nesse soneto, não há coisa alguma; há apenas instantaneamente à força de sonho. Isto, no meu espírito, casa-se muito bem, mas receio que materialmente venha destruir o equilíbrio da série. De resto, o que se diz no último terceto contém-se na última quadra da «Estátua Falsa». Rogo-lhe que me diga o que pensa sobre este assunto – se devo ou não excluir o soneto da série.

Sobre a «Bebedeira» – O título, embora goste dele, como lhe acha muita razão modificá-lo-ei. Avento-lhe este «Ópio». Com o que não concordo absolutamente nada é com os reparos que o meu amigo fez sobre o «Silvo pra além» e o «Corro à volta de mim». São duas das coisas da poesia que eu estimo exactamente mais. No silvo acho muito bem dada a violência da dispersão. «Luto, estrebucho», mas tudo debalde... Lá me vou pelos ares fora, silvando. O meu espírito é o foco da ventania em que eu me perco. O «Corro à volta de mim», acho também bom para mostrar pela palavra «corro» a ânsia de me ver, de me encontrar. Já percebi que você tem uma fobia pelos termos que recordam brinquedos de infância (o saltar do «Simplesmente»).

Sobre a droga – Aparentemente você tem razão e eu já esperava o seu reparo. Mas oiça-me: os franceses chamam aos narcóticos, e espe- cialmente ao ópio «a droga» (não droga como abstracto, mas droga como concreto). Assim se diz de Maupassant: «foi a droga que condu- ziu o artista à paralisia geral». Acho interessante esta expressão, daí o tê-la empregado. Para melhor exemplificar, copio dum artigo do Matin d’hoje, justamente acerca do ópio que invade a marinha francesa as seguintes linhas:

«Ah! mon cher Farrère, vous n’êtes pas tendre pour ceux qui dans les ports français, poussent un cri d’alarme et supplient qu’on arrête la marge envahissante de la drogue... la drogue, la revanche du jaune sur le blanc.» Eis pelo que conservarei o termo.

Sobre o loira do último verso. Diga-me se acha preferível substituir a palavra por fulva ou ruiva ou então modificar o verso assim:

«Manhã tão forte que me anoiteceu».

(Repare que vai me em vez de se.) É claro que mesmo conservando o se se pode trocar o loira por forte. Este forte não o acho mau pela ideia de álcool que encerra em si. Diga-me pois qual deve ser a versão final deste verso segundo o que lhe exponho. Não se esqueça.

Interessantes (e de resto coisa vulgar) os encontros de mim e Côrtes-Rodrigues e de mim e você – sobretudo este último, que bem mostra, como você frisa, o nosso parentesco.

Percorrendo o labirinto, mas o grato labirinto, do que me expõe sobre a publicação dos seus livros, aqui tem o que penso em poucas palavras:

(Em 1.º lugar, e entre parêntesis – condeno a ideia da publicação dum livro de sonetos, como primeiro livro a publicar.) Os «pauis» devem, mas absolutamente devem, ser incluídos num volume «paulico» e portanto deve assentar naquilo que, no decorrer do que me escrevia, se lhe sugeriu: «4 livros projectados – um pronto já, dois já adiantados, outro começado». A respeito dos títulos sobretudo, acho que a solução que indica é a melhor de todas e não deve hesitar na sua publicação. Agora quer ver o que eu faria se fosse a você. Isto: Em virtude de ter tantas coisas belas de vários conjuntos, de vários géneros e atendendo por outro lado à dificuldade relativa de publicação de livros de versos e ainda ao tempo que um artista precisa para concluir um conjunto, eu, se fosse a você, publicava como obra de estreia uma Antologia de mim mesmo aonde reunia simplesmente as coisas mais belas dentre os meus versos. A beleza, o valor das obras seria o único critério da escolha. Esse livro seria volumoso, genial – marcaria. E depois, sossegadamente, então publicaria à medida das circunstâncias espirituais e materiais os livros de conjunto. Havia assim a vantagem do poeta aparecer todo duma vez – na sua inteira grandeza. (É curioso que depois de escrever isto uma dúvida me assalta: isto que eu lhe digo será unicamente um antigo projecto de você; ou uma coisa que eu já lhe teria lembrado?)

Você provavelmente não gosta desta solução. Entanto eu achava-a poética e original – interessantíssima. (O título Exílio é muito bom embora no presente momento político possa recordar algum volume do Joaquim Leitão ou Álvaro Chagas. Mas isto é claro não é razão para o condenar.) As duas obras unas (Fausto) entendo que devem ser publicadas em separado.

A sua ideia sobre a revista entusiasma-me simplesmente. É, nas condições que indica, perfeitamente realizável materialmente, disso mesmo me responsabilizo. Claro que não será uma revista perdurável. Mas para marcar e agitar basta fazer sair uma meia dúzia de números. O título Esfinge é óptimo. O que é preciso é arranjar mais colaboração do que a que indica. O Além terminá-lo-ei em Paris. E sobre a revista, que há-de sair, não vale a pena falarmos de longe visto que eu chego a Lisboa nos primeiros dias de Julho, logo daqui a mês e meio. E imediatamente a lançaremos. Vá pensando pois no assunto.

Mais uma vez lhe agradeço o que me diz sobre eu-poeta.

Quanto à «Queda». É claro que o que eu queria dizer, o que eu quis sempre dizer, foi sob mim e apenas uma confusão que me fez escre- ver sobre mesmo na poesia executada pois o escrevia sempre com a ideia de debaixo. Entanto agora vejo que talvez fosse interessante conservar o sobre – assim haveria como que um desdobramento; eu – alma, viria estatelar-me, esmagar-me não sobre o gelo, mas sobre o meu corpo. Diga, depois de bem pensar, se é preferível conservar o sobre ou mudá-lo para sob. (O verso fica mais correcto e belo com sobre – sob é uma palavra de que eu gosto muito pouco. Mas tudo isto são razões secundárias.) Não deixe de me dizer o que pensa sobre isto. São pequenas torturas por cuja solução anseio. E outra tortura é a ordem em que hei-de inserir as poesias. Assim rogo-lhe que mas numere.

Foi tempo perdido o que você gastou a explicar-me os versos dos «Pauis» que eu dissera não abranger. É de morrer a rir! Eu lera o invade como uivada. Assim tínhamos

onda de recuo que uivada etc.

que de forma alguma ligava com o resto. Aliás os seus invade são muito semelhantes a uivada pois na poesia «Hora Morta» eu também li um invade por uivada só depois reparando no lapso. Peço-lhe desculpa do tempo que lhe fiz perder...

Conservarei à Dispersão o seu título.
Concordo com o que me diz com o «tão de ferro». Aliás já pensando melhor na frase eu modificara a minha opinião. Sobre meus livros

Este outono – Uma plaquette de versos Dispersão que conterá o que já está feito (e poderia mesmo conter só o que já está feito) e o que de belo e dentro do quadro for surgindo (como o «Quasi» que hoje lhe envio).

Em 1914 com certeza (ou na primavera ou no outono, entanto dentro de 1914) publicarei o volume Além, contos.

Queria também muito escrever uma peça A Força (que é um estudo da Desilusão em que em tempos lhe falei) colaborando com o Ponce que tem belas qualidades de autor dramático. Esta peça sai do quadro das coisas em que actualmente trabalho; mas nem por isso deixará [de] ser uma obra literária e mesmo uma obra artística. Confesso-lhe que, infantilmente talvez, gostava muito de ver uma obra minha num palco. É que eu, no fundo, amo a vida.

Morada Ramos (que não me tem escrito):

508, rua de S. Clemente
Rio de Janeiro.

Endereço Rola
Gilb. Rola Pereira do Nascimento
na Inspecção da Fazenda de Lourenço Marques.

Respondida infamemente a sua carta, só me resta falar-lhe dos versos que ajunto:

Gosto muito da sua ideia que define bem o meu eu. Muitas vezes sinto que para atingir uma coisa que anseio (isto em todos os campos) falta-me só um pequeno esforço. Entanto não o faço. E sinto bem a agonia de ser-quasi. Mais valia não ser nada. É a perda, vendo-se a vitória; a morte, prestes a encontrar a vida, já ao longe avistando-a.

Várias dúvidas:

Será melhor «permanecera» em vez de «permanecesse» (pelo menos na última quadra)?

Em vez de «mãos acobardadas» seria preferível «degeneradas»?

Em vez de «puseram grades», «lançar grades»? (É preciso notar que isto significa: eu nem sequer posso cair nos precipícios que existem dentro de mim, porque mãos, ainda que de heróis, cheias de medo (ou degeneradas) cobriram os abismos com grades.) Lançar é mais bonito que pôr. Mas para o caso (justamente por ser mais feio) parece-me preferível por mais propriedade o verbo pôr. Diga o que pensa sobre estas ninharias e as outras poesias sobre as quais lhe peço opinião. Só depois de saber a sua resposta estabelecerei as versões definitivas.

Há no «Quasi» um verso talvez feio: «Ai a dor de ser-quasi... dor sem fim». Mas não o modificarei porque ele exprime concisamente e justamente uma das coisas que eu quero bem vincar na poesia. Note que o verso: «Falhei-me entre os mais, falhei em mim» condensa a ideia da «Mentira», que eu decidira abandonar.

E termino aqui, pedindo-lhe mil desculpas por todas as minhas maçadas e uma resposta urgente. E a sua opinião sobre o «Quasi».

Um grande abraço. O seu

Sá-Carneiro

 

Post-Scriptum

Na «Dispersão» parece-me que ficaria muito bem, em vez do que avento atrás, isto:

Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada... etc.

 

A poesia Portuguesa está em Paris. Com efeito nos boulevards passeia o poeta Sevilha do Longo Queixo!... Vi-o agora mesmo passar.

Apareceu à venda ontem aqui um volume, editora Ferreira, Camões, Sonetos, tradução francesa em verso de A. de Azevedo.

Não se esqueça de me numerar as poesias em vista da sua ordem de publicação.

Nas provas «Homem dos Sonhos» emendo: ...«a sair no Outono» para «a sair em 1914».

Mais abraços. Responda depressa!

Atenda bem a versão
«Manhã tão forte que me anoiteceu».

o S.-C.

Não se esqueça de responder a cada uma das minhas dúvidas!...

 
 
https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/5280
Classificação
Espólio Documental
Correspondência
Dados Físicos
Tinta preta sobre 20 páginas lisas e timbradas (Café Riche).
Dados de produção
1913 Maio 14
Inscrita.
Fernando Pessoa
Português
Dados de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Bom
Biblioteca Nacional de Portugal
Palavras chave
Paris
Mário Beirão
Jaime Cortesão
Camilo Pessanha
Guy de Maupassant
Côrtes-Rodrigues
António Cardoso Ponce de Leão
Documentação Associada
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Esp.115/4
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.