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Fundo
Mário de Sá-Carneiro
Cota
Esp.115/4_34
Imagem
Carta a Fernando Pessoa
PDF
Autor
Sá-Carneiro, Mário de

Identificação

Titulo
Carta a Fernando Pessoa
Titulos atríbuidos
Carta a Fernando Pessoa
Edição / Descrição geral

Carta a Fernando Pessoa, enviada de Paris, a 3 de Maio de 1913.

 

*** 

São 9 e meia da noite.

Acabo de fazer isto num café. Diga o que vem a ser isto:

 

Numa ânsia de ter alguma cousa,

Divago por mim mesmo a procurar.

Desço-me todo em vão, sem nada achar,

E a minha’alma perdida não repousa.

 

Nada tendo, decido-me a criar:

Brando a espada, sou luz harmoniosa

E chama genial que tudo ousa
À força unicamente de sonhar.

 

Mas a vitória fulva esvai-se logo,
E cinzas... cinzas só, em vez de fogo...

Onde existo, que não existo em mim?...

...................................................

Um cemitério falso sem ossadas,
Noites de amor sem bocas esmagadas -

Tudo outro espasmo que princípio e fim...

 

3 maio 1913 – Paris
Pelo mesmo correio vai uma carta.

 

Notas de edição
Identificador
https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/5273

Classificação

Categoria
Espólio Documental
Subcategoria
Correspondência

Dados Físicos

Descrição Material
Tinta preta sobre 1 folhas lisa.
Dimensões
Legendas

Dados de produção

Data
1913 Maio 3
Notas à data
Inscrita.
Datas relacionadas
Dedicatário
Destinatário
Fernando Pessoa
Idioma
Português

Dados de conservação

Local de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Estado de conservação
Bom
Proprietário
Biblioteca Nacional de Portugal
Historial

Palavras chave

Locais
Paris
Palavras chave
Nomes relacionados

Documentação Associada

Bibliografia
Publicações
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Exposições
Itens relacionados
Esp.115/4
Bloco de notas
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.