Identificação
[BNP/E3, 142 – 50]
Crítica neoclássica.
A sua crítica empenhava-se em coisas extraordinárias, à procura de más rimas, de versos frouxos, de hipérboles e catacreses, das miseráveis catacreses em que depois obteriam a sua imortalidade, imortalidade pouco original e talvez espúria, o membro do parlamento Sir Boyle Roche com o seu “I smell a rat, I see it flaunting in the air, but I will nip in the bud.”
[“Cheiro[1] um rato, vejo-o andar no ar, mas corta-lo-ei em botão.” São três expressões idiomáticas inglesas cuja consecução[2] produz um efeito altamente ridículo. Há o exemplo português análogo; assunto não tão chistoso aquele dum indivíduo, induzido, referindo-se a um veterano de não sabemos que guerra: “Perde as pernas, perde os braços… e a agora trilha a estrada da desgraça[3] estendendo as mãos à caridade pública.”]
[1] Cheiro /Farejo\
[2] cuja consecução /cujo emprego consecutivo neste caso\
[3] da desgraça /do infortúnio\