Identificação
[BNP/E3, 14C – 72-72a]
Fialho
Como artista é inseguro, inconsecutivo na força domadora de {…} no estilo. Compare-se um conto de Fialho, com um conto de António Patrício. Que superioridade na curva excêntrica, no conjunto vivo do autor do Serão Inquieto!
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A originalidade|, em grande parte| é o modo como cada qual representa o modo moral de falar.
[72ar]
Resposta aos críticos de Pauis
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A estupidez como manda como embaixadores seus[1] [junto da minha alta obra de poeta] os seus {…}, {…}
bestas ambos.
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A poesia, no que frasear, é a frase normal requintada, originalizada [ritmada – poesia limite do requinte que deixou de ter o ser prosa de comum com o falar normal]
– Não vejo que ele tenha calor na voz. Esta frase passa de todo desapercebida, mas normal. Mas que absurdos há nela! Voz que é quente – que absurdo! E ver-se isso – que outro absurdo!
[72av]
O que é vinha verde? É acaso uma vinha verde na cor? – O que é {…}
O que é uma voz triste – sim, esta banal expressão? Uma voz nunca é triste. É lenta, monótona {…} tudo quanto dê a impressão de por que a fala está triste. Mas a voz não é triste porque não é uma alma. (ou sê-lo-á?) –
Um dia alegre – que disparate! Então o dia tem alma?
Requintem-se estes processos e temas choupos de alma, por exemplo.
[1] manda como /nomeia seus\ embaixadores seus /muitos\