Identificação
[BNP/E3, 18 – 2]
O valor essencial da arte é[1] ser o indício da passagem do homem no mundo, o resumo da sua experiência emotiva dele; e, como é pela emoção, e pelo pensamento que a emoção provoca, que o homem mais realmente vive na terra, a sua verdadeira experiência, respeita-a ele nos fastos das suas emoções e não na crónica do seu pensamento científico, ou nas histórias dos seus regentes e dos seus donos.
Com a ciência buscamos compreender o mundo que habitamos, mas para nos utilizarmos dele; porque o prazer ou a ânsia só da compreensão ao ser uma atitude pessoal de um indivíduo, como o mostra a Browning, que tendo de ser gerais, levam à metafísica, que é já uma arte.
Deixamos a nossa arte escrita ou |expressa| para guia da experiência dos vindouros, e encaminhamento plausível das suas emoções. É a arte, e não a história, que é a mestra da vida.
[1] é /está em ela\