Identificação
[BNP/E3, 143 – 51]
Quanto mais lento e espaçado, dolente a melodia, mais lírico é o ritmo.
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O ritmo depende das pausas também. A dolência não é senão o espaçar das pausas. Daqui bem se vê o valor do elemento, aparentemente negativo, pausa no ritmo.
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Vejamos o célebre soneto de António Nobre:
Ó virgens ||que passais|| ao sol poente
Logo este 1º verso nos impõe uma revibração cantante; não são só as grandes pausas naturais, mas também as pausas da ausência da |elisão| em “que andais” e a natural falta dela a palavra “poente”.
x../.|/.|..| os versos líricos tem 3 divisões reais e 2 aparentes. Os que têm 3 aparentes obtêm o ritmo por outros métodos como o supra.
e as pausas o contrário?
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Notar as grandes pausas em
Não sei ||porquê,|| estou triste
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Pausa ondulativa
Pausa rítmica.