Identificação
[BNP/E3, 103 – 17–18]
II.
Tratemos, primeiro, da rectificação que ao anterior artigo há a fazer. Reside nisto: nesse artigo, ao estudar os períodos maior, médio, e menor da grandeza de uma nação caracterizámo-los da seguinte forma: (1) o período de máxima grandeza para[1] uma nação é aquele em que ela cria novas formas civilizacionais; (2) o período de média grandeza nacional é aquele em que a nação só a sua própria grandeza cria, e de modo algum qualquer coisa para a civilização; (3) o período de mínima grandeza de uma nação é aquele em que ela nada cria, nem a sua grandeza mesmo. Ora esta classificação errou por apressada. O que caracteriza o período de máxima grandeza de uma nação não é o criar novos elementos civilizacionais: é o criar novas fórmulas morais, novos ideais, se assim se quiser dizer – para a civilização. E no período de grandeza média, não é só a própria grandeza que uma nação cria. Isso de só a própria grandeza criar, é, de resto, uma noção absurda. O que um período máximo cria é elementos civilizacionais materiais, condições materiais para a civilização. Uma nação nunca é grande sem criar qualquer coisa para a civilização. Assim, no seu máximo período, a Inglaterra criou, como formas, a ideia de governo popular, elemento moral para a civilização. E no máximo período ela, a França criou a ideia, moral igualmente, da democracia republicana. No seu médio
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período, o do século XIX, criou a Inglaterra só o colonialismo moderno, elemento civilizacional que é material absolutamente, que é uma condição material de expansão civilizacional. E no seu fundo amplo – a época da grande Revolução, a França criou {…}
Reanalisando isto para verdade, passamos à classificação do ponto {…}
[1] para /de\