[BNP/E3, 143 – 8]
Bocage and Tolentino.
Bocage is the genius who represents the baser, coarser, more popular elements of Portuguese character, raised to genius. Sentimental at bottom, unartistic, more than outrageously obscene, sensual |and dirty|, liberal, yet somewhat conservative at that, he is thus typical. Independent and impulsive, generous and loving frank, practical jokes – not very refined nor exquisite – grossly personal
[8v]
Tolentino represents other elements of Portuguese character. Clear and simple in his manner of writing, never personal nor coarse, profoundly artistic in his style.
Lacking – disgustingly lacking sometimes – in independence and liberal instincts.
His natural genius runs[1] spontaneously to humour. His satire never wounds.
[BNP/E3, 143 – 8]
Bocage e Tolentino.
Bocage é o génio que representa os elementos mais básicos, grosseiros e populares do carácter português, elevados a génio. Sendo, na sua base, sentimental, não artístico, mais do que escandalosamente obsceno, sensual |e indecente|, liberal, mas um tanto conservador, ele é, portanto, típico. Independente e impulsivo, generoso e francamente amoroso, com piadas práticas - não muito refinadas nem requintadas - grosseiramente pessoais
[8v]
Tolentino representa os outros elementos do carácter português. Claro e simples na sua maneira de escrever, nunca pessoal nem grosseiro, profundamente artístico no seu estilo. Carente - às vezes repugnantemente carente - de independência e instintos liberais.
O seu génio natural vai espontaneamente em direcção ao humor. A sua sátira nunca fere.
[1] runs /ran\
