[BNP/E3, 14³ – 44]

Sendo mais educado e inteligente da Europa, não produziu de verdadeiramente grande em literatura, quando atentamente se considera, em géneros exigindo qualquer coisa de profundo, em pensamento ou sentimento. Produziu 3 grandes retóricos – que por isso não deixam de ser 3 grandes poetas – Hugo, Lamartine e Musset (o último, ainda assim, quase que abrindo excepção) – o maior poeta francês, porque o único profundo de certo modo, no seu género. Porém poesia profundamente filosófica como a de Antero, poesia gerada de um sentimento profundamente sentido, como os Lusíadas de {…}

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a França não a tem. A sua tragédia é completamente inferior à de Shakespeare. O próprio drama único de Shelley é superior aos de Corneille. Na comédia estão mais altos; mas é que a comédia que mais análise, observação ou íntima amargura que envolva, não passa dum género superficial. Ainda assim que diferença no tom do fundo não vai do próprio Misantropo a qualquer comédia de Shakespeare!

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É por isto que não tem poesia épica, que exige ou uma grande |profundeza| de imaginação (como em Paraíso Perdido) ou um alto sentimento, como o produto, expressando-a ardente e profundamente (como na epopeia de Camões).