[BNP/E3, 142 – 63]
Mas de onde é que vem esta ideia, já atrás refutada, de que a nossa nova poesia é imitada do estrangeiro?
1º do preconceito que os |quinhentistas e seiscentistas| é que são portugueses a valer como poetas. Quando muito vai-se até ter por típicos Bernardim Ribeiro e Gil Vicente.
Há aqui confusão – a confusão da simplicidade com a nacionalidade; da pureza gramatical com a directa interpretação da alma nacional. O mais nacional dos poetas ingleses Shakespeare é estranhamente traduzido.