[BNP/E3, 14C – 42]
OMAR.
Porque obscura magia é que esse persa longínquo manda tão diversamente sobre as nossas almas? Que potência de encanto jaz viva na sepultura do seu tédio? Ah, é que, real ou facticiamente, nele ou em Fitzgerald por ele, falou, melhor que em qualquer outro, a voz completa do tédio inteiro – não do tédio que está cansado de viver, mas do tédio que está cansado de ser. Cansado, de ser, não como Buddha, que renega a vida porque é pouco, mas de outro modo – o de quem renega a vida porque é tudo.