[BNP/E3, 145 – 69-70]
Lettre à Émile Faguet
Après toutes ces considérations, ce n’est pas difficile de percevoir que je me {…} de {…} Monsieur, les assurances de mon imparfaite considération.
_______
L’heure européenne est épuise de Sante e de Senancour. Un brouillard d’incertitude la cache à l’univers, mas elle se sent lumière, malgré soi ne se voit pas.
_______
Ce que nous avons ri de ces écoles, ré-écoles et circum-écoles! Et encore, due notre ignorance, ce que nous en avons ri n’égale point[1] a que nous en rirons [? Quand nous les connaitrons à toutes]
_______
… vous avez abouti à une façon complexe de ne pas comprendre [qui cesse d’être amusante à force d’être amusante.]
_______
Quoi? Ce petit pays, ce pays rani en commerces pygmées en industrie, neuf de grandeur, presque vierge d’éducation? Quoi? Un pays que n’a qu’une année de cent cinquante mille hommes et une flotte qui ne l’est pas? {…} Car un des préjugés tacites de notre siècle est qu’il y a une relation (dont ce ne sont pas les détails qui restent à déterminer) entre l’extension territoriale et la grandeur littéraire. Il n’est pas permis à une nation que n’a pas une armée {…} Une nation sans † est une nation incapable d’alexandrins. Sans commerce, peu[2] de vers. Un peuple sans flotte devienne, peut-il avoir des poètes?
_______
Vous ne chantez que la vie. Vous en êtes sinon là. Vous voyez à la vie. La vie - puisque elle † – ni croit pas à soi[3] même. Vous avez de la foi en Dieu? Dieu n’en a plus; il s’est laissé de n’être plus et commencé à faire un pire de l’enfer.
[69v]
Balletés entre la foi à[4] la vie, le retour en castellian et un panthéisme qui ne serait pas si l’Allemagne ne le fait pas exister, vous êtes l’ombre de votre grandeur † le qui doit elle est l’ombre {…}
Nous vous devons beaucoup, politiquement. Notre home d’état, Afonso Costa, traducteur de romans portugais de votre vie de † de E de I E, qui n’était pas un de très bons français.
Je ne sais pas quelle forme de {…} et plus intellectuel – si c’est votre Loüis, si c’est votre catholicisme. Qui a l’un l’échangement † pour l’autre, à conduite de ne le recevoir pas.
[70r]
_______
Frase de Anatole France e outros assim (justiça).
_______
_______
Carta a Émile Faguet.
_______
_______
Votre livre est plein d’injustice dans ce qu’il lui manque. Il est plein d’injustice pour ne pas être plein.
S’appelle ignorance, car le non savoir n’est autre chose ; mais cette ci-là vous la partagez avec tous ces critiques européens.
[BNP/E3, 145 – 69-70]
Carta a Émile Faguet
Depois de todas essas considerações, não é difícil perceber que eu {…} de {…} Senhor, os protestos de minha imperfeita consideração.
_______
A hora europeia está fora de Sante e Senancour. Uma névoa de incerteza a esconde do universo, mas ela se sente leve, apesar de não poder ser vista.
_______
Como ríamos dessas escolas, re-escolas e circum-escolas! E mais uma vez, devido à nossa ignorância, aquilo de que rimos não se iguala àquilo de que vamos rir [? Quando todos nós os conheceremos a todos]
_______
…vocês acabaram de uma forma complexa de não entender [que deixa de ser engraçada por ser engraçada.]
_______
O quê? Este pequeno país, este país de comércio pigmeu na indústria, novo em tamanho, quase virgem de educação? O quê? Um país que só tem um ano de cento e cinquenta mil homens e que não tem uma frota? {…} Porque um dos preconceitos tácitos do nosso século é que existe uma relação (cujos detalhes ainda precisam ser determinados) entre extensão territorial e grandeza literária. Não é permitido a uma nação que não tenha um exército {…} Uma nação sem † é uma nação incapaz de alexandrinos. Sem comércio, poucos versos. Um povo sem frota torna-se, pode ter poetas?
_______
Vocês cantam apenas a vida. Vocês apenas consistem nisso. Vocês vêm a vida. A vida - desde que ela † - nem acredita em si mesma. Vocês têm fé em Deus? Mas não têm mais Deus; ele deixou de ser e começou a tornar-se o pior inferno.
[69v]
Entalados entre a fé na vida, o retorno ao castelhano e um panteísmo que não existiria se a Alemanha não o fizesse existir, vocês são a sombra da vossa grandeza † quem deve a ela é a sombra {…}
Devemos-vos muito, politicamente. O nosso homem de estado, Afonso Costa, tradutor de romances portugueses da vossa vida de † de E de I E, que não era um francês muito bom.
Não sei que forma de {…} e mais intelectual – se é o vosso Louis, se é o vosso catolicismo. Quem trocou um † pelo outro, tem conduta de não recebê-la.
[70r]
_______
Frase de Anatole France e outros assim (justiça).
_______
_______
Carta a Émile Faguet.
_______
_______
O seu livro está cheio de injustiça no que lhe falta. Está cheio de injustiça para não ficar pleno.
Chama-se ignorância, porque o não saber não é outra cousa; mas isso você compartilha com todos esses críticos europeus.
[1] point /pas\
[2] peu /point\ /pas\
[3] à /en\ soi /à la vie\
[4] à /a\