[BNP/E3, 144 – 37]
Bernstein, Battaille etc
O que faz muito mal a estes autores é a persuasão de que são artistas, porque esta é |acertada| muitas vezes; é a convicção, que muitos deles têm, de que são pensadores. Por aqui são ridículos. |Capazes| de intuição de carácter, de tecer do enredo, de instinto teatral na disposição e sucessão das cenas, são inaptos completamente para terem qualquer coisa que se possa chamar uma ideia sobre qualquer assunto. Frases aptas no sentido, e apenas no sentido, em que é apto o humorismo, o {…} e a mot; a-propósitos felizes mesmo, no sentido em que é feliz a expressão de uma ideia que em si pode ser banal e estéril – é esta a província deles.
Já era a procissão de Ibsen, e Ibsen, como agora eles, tinha a mesma tendência para se tomar a sério como pensador. O que, de resto,
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Max Nordau se encarregou de desprezar em um capítulo da Degenerescência, que (diga-se a verdade) podia ter sido mais bem-escrito, mais firme, mais coerentemente intuicionado.