[BNP/E3, 142 – 99]
Notes for a History of Portuguese Literature.
No |greater failure| in literature than the Portuguese classical age! Unfitted entirely, both because of the simplicity of their character, and because of its emotional nature of the classical school, which involved affectation and coldness, the Portuguese poets and Portuguese poetry of that period sunk completely.
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Only one man was perfect and he indeed was fitted for his age. Simple indeed but either emotional or more will to dissociate his emotional from his humorous faculties, Nicolau Tolentino de Almeida is one of the most hight classical geniuses. .... His sonnets are perfect. His quintains are the cream of image. He is never gross, never personal, never violent. He is perfectly Portuguese, but he is exactly the kind of Portuguese that was fitted for the classical age.
[99v]
How fantastically his poetry compares with that of Bocage. Bocage, when he is really great or brilliant is exactly where he is last classical. His last sonnet written on his death-bed, as far many as possible from influences to control his feeling contains the entirely unclassical and perfectly romantic-line:
Esta alma, que sedenta em si não coube.
This sonnet sets indeed classical tones which join a little, but it is the least-classical of its author’s and the best.
Similarly with other poets of this period. Either they appeal perfection by breaking the classical fetter (really and absolutely a fetter in Portugal), or by humorous scorn, the only version really fit for the coincidence of classicism and naturalness.
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Completely Portuguese character of Bocage. Coarseness, etc.
[BNP/E3, 142 – 99]
Notas para uma História da Literatura Portuguesa.
Não há |maior falha| na literatura do que a época clássica portuguesa! Inteiramente desadequada, quer pela simplicidade do seu carácter, quer pelo seu carácter emocional da escola clássica, que envolvia afectação e frieza, os poetas portugueses e a poesia portuguesa da época afundaram por completo.
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Apenas um homem era perfeito e ele era, de facto, adequado para a sua época. Simples, de facto, mas emocional ou mais propenso a dissociar as suas faculdades emocionais das faculdades humorísticas, Nicolau Tolentino de Almeida é um dos mais altos génios clássicos. .... Os seus sonetos são perfeitos. As suas quintilhas são a nata da imagem. Ele nunca é grosseiro, nunca é pessoal, nunca é violento. Ele é perfeitamente português, mas é exactamente o tipo de português que se encaixava na era clássica.
[99v]
Como a sua poesia se compara fantasticamente com a de Bocage. Bocage, quando ele é realmente óptimo ou brilhante é exactamente onde ele é o último clássico. O seu último soneto escrito no seu leito de morte, tão distante quanto possível de influências para controlar os seus sentimentos, contém a linha inteiramente anticlássica e perfeitamente romântica:
Esta alma, que sedenta em si não coube.
Este soneto estabelece sim tons clássicos que se unem um pouco, mas é o menos clássico do seu autor e o melhor.
Da mesma forma com outros poetas deste período. Ou apelam à perfeição rompendo o grilhão clássico (verdadeira e absolutamente um grilhão em Portugal), ou pelo desprezo humorístico, a única versão realmente adequada à coincidência do classicismo com a naturalidade.
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Carácter totalmente português de Bocage. Aspereza, etc.